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sábado, 23 de dezembro de 2017

Afinal é tempo de comemorar!


O Natal é isso aí e não há como mudar. Por mais que alguns "desconectados com o mundo mas antenados com a chatice" digam que têm ojeriza a essa época e blá blá blá. O Natal é ter as ruas enfeitadas, as árvores iluminadas, muitos sorrisos nos rostos de pessoas que você nem conhece. Tudo bem que as lojas e shoppings ficam cheios de gente comprando sem parar. E daí? Isso é o capitalismo, nada mais.  Até os que falam mal do Natal acabam comprando presentes. Aliás, nessa época eu compro mesmo para todo mundo que eu gosto. E gasto sem dó o meu suado dinheirinho..... Afinal é Natal! 

É também quando eu me lembro o que já havia concluído antes: cadê os meus problemas? Na verdade tenho muito pouco, ou quase nenhum. Mas é que em outras épocas eles se agigantam de tal forma para depois muitos sumirem feito fumaça! E para os que ficam reclamando das festas de Natal e Ano Novo, relaxem em casa assistindo TV - longe de tudo isso - e guardem suas energias para o carnaval que vem por aí!




sábado, 2 de dezembro de 2017

Um belo caminho...


 
                            

Caminhar é algo essencial na minha vida, seja na cidade do dia a dia, no campo, nas montanhas, na praia...
Para um caminhante só existe "o caminho". Afinal, não existe coisa mais bela que o caminho em si. O que encontramos no meio dele é que nos dá energia para seguir em frente ou apreciar o momento. Não estou interessada num belo final, mas sim na beleza do processo.


Aqui sim, um belo caminho na Serra do Cipó

domingo, 26 de novembro de 2017

Com o que sonham as crianças do Iraque?

Um país belo em sua história e diversidade, onde os rios Tigre e Eufrates povoaram nossas aulas de história.... simplesmente esquecido pelo resto do mundo...

 As fronteiras do Iraque foram demarcadas na maioria em 1920 pela Liga das Nações, quando o Império Otomano foi dividido pelo Tratado de Sèvres.

Com o que sonham as crianças iraquianas? Difícil dizer se elas ainda sonham... mas acredito que sim. Afinal é uma geração que nasceu e vive em meio à guerra que destrói o país há quase 15 anos. Não sabem o que é outra vida! Muitas crianças vivem separadas de seus pais em campos de refugiados no Curdistão iraquiano e sonham, sim, um dia reencontrar seus pais. Quantas notícias trágicas já vimos sobre esta guerra brutal nos países árabes, onde o grupo Daesh está perdendo força mas ainda continua aterrorizando tantos inocentes? O que mais é preciso acontecer para aquela parte do planeta ser vista? Só de pensar que cada morte de um membro do Daesh pelos soldados iraquianos é comemorada pelos civis como um troféu! Afinal isso significa a liberdade depois de meses ou anos. Quando perguntado por um repórter qual a sua esperança agora para o futuro, um homem simplesmente respondeu: "Não tenho esperança, vai tudo continuar destruído e abandonado do jeito que está. O mundo não olha para nós, é como se não existíssemos." 

Muitos de nós vivemos nesse mundinho perfeito em que botamos tantos defeitos. Não que eles não existam.... Mas nada se compara ao sofrimento diário que essas pessoas estão testemunhando. Eles lutam até quando não têm forças, são resilientes contra o impossível! Para eles eu tiro meu chapéu.

As crianças iraquianas fazem o "V" de vitória cada vez que o exército de seu país consegue combater os extremistas e libertam mais uma família. Esta é uma eterna gratidão!

 O Jardim do Éden é como a Veneza Mesopotâmia, com casas feitas a mão, sem pedras, madeira ou vidro. Essas zonas úmidas são como um paraíso perdido no sul do Iraque. Dizem que há muito tempo lá viveu o povo Ma'dam - os árabes dos pântanos. Espero que todos os iraquianos tenham acesso às partes lindas e cheias de diversidade que seu país tem a oferecer!!!


domingo, 12 de novembro de 2017

Difícil é acertar!


Uma existência banal não me interessa, o mais legal é fazer a diferença. Para os outros, para a vida ou para você, o que der para fazer! É nessa busca que aprendemos algo que provavelmente será relevante e dará sentido a nossa vida. Sempre ouvi isso: "Tem que ter foco, ou não vai atingir o alvo". Que alvo? Isso é que dá ter muitos sonhos sem ter uma meta no final. Eles se vão como o vento.... É uma questão de fazer as escolhas certas na hora certa. Difícil é acertar a tal hora com a escolha! Mas afinal se as escolhas da vida que fazemos fossem simples e convenientes, a vida seria também simples e conveniente. Que coisa mais sem graça!

...... Então vou contar uma história... Num belo dia de sol, uma garotinha seguia por uma trilha até chegar numa floresta, e lá se perdeu. Foi aí que um pequeno animal muito estranho - e que ela nunca tinha tinha visto em nenhum livro - pulou do alto de uma árvore bem na sua frente. A garotinha logo falou: "Eu estava seguindo um caminho para encontrar a minha meta, mas eu me perdi, estou com medo, quero voltar." 
O animalzinho muito esperto logo começou a falar sem parar: "Escute bem menininha, que eu não vou repetir. Você só vive uma vez! Então a dica é, se tiver que falhar, falhe GRANDE para valer a pena acertar GRANDE depois. Não pode ter medo de falhar. Ter sonhos é bom, mas eles têm que ter objetivos. De nada adianta se não tiver uma meta no final, um objetivo a ser alcançado, ou você se perde no caminho e a decepção é certa. Pouco importa se o sonho é grande ou pequeno. Só que é preciso disciplina e consistência, dia após dia. Mas lembre-se, não é porque você está fazendo um pouco mais que já vai ter sucesso. Não confunda movimento com progresso. Você pode fazer muito e simplesmente não sair do lugar. Então é preciso continuar tentando até alcançar as suas metas. Ah, e o mais importante: não aspire apenas ter uma 'vida', aspire fazer a diferença!"

Não há nada mais batido que aquela frase "acredite nos seus sonhos". Sonhar é legal, mas ter metas é importante, e a persistência costuma funcionar muito bem! Muitas vezes é preciso sair fora da caixa, pegar outro caminho. Nem tente fazer tudo certinho, conforme as regaras X, Y, Z. Não dá certo! Tentar, errar, arriscar, errar, e enfim chegar lá - isso é que importa!


terça-feira, 31 de outubro de 2017

Quando o deserto foi floresta

Quem diria .... Entre 5 mil e 10 mil anos atrás o maior deserto do mundo era uma região cheia de bosques, savanas, lagos permanentes e vários animais. Inclusive já foram encontrados fósseis de grandes animais, como crocodilos, elefantes e hipopótamos (ou seja, animais que dependem basicamente da água). Restos antigos de anzóis também denunciam que habitantes há mais de 5 mil anos costumavam pescar por ali.


O deserto do Saara é dividido em 2 trechos, um dominado por dunas de areia (Erg) e o outro cheio de rochas (Hamadas), e compreende os países e territórios: Argélia, Níger, Saara Ocidental, Mali, Mauritânia, Marrocos, Chade, Egito, Líbia, Sudão e Tunísia. Cientistas acreditam que uma grande extensão de vegetação ocupava uma área onde hoje estão pelo menos  a Líbia, a Argélia e o Egito. O Saara de tornou verde quando a Terra saiu do longo período glacial.Com a incidência do sol forte as chuvas também vieram mais fortes, o que fez com que a vegetação crescesse vertiginosamente, reduzindo as emissões de poeira e diminuindo o reflexo da luz no solo. É este reflexo de luz solar - o albedo - o responsável pela aridez de qualquer região, além de sua cor creme clara.

O avanço do Saara vaporizou quase totalmente o antigo maior lago do mundo.O lago Chade ainda existe até hoje, resistente que é, mas 6 mil anos atrás ele era maior que os cinco grandes lagos americanos juntos. Ele chegou a ter 360 mil quilômetros quadrados!. Seu volume diminuiu drasticamente na década de 60. A maior parte de sua redução se deve às alterações climáticas no continente africano, além do consumo humano e do desmatamento.

Muitos acreditam que daqui a milhares de anos o ciclo se repetirá e o Saara voltará a ser verde novamente. Mas agora, diferente de 5 mil anos atrás, o fator humano tem um efeito devastador que vai além das variações naturais da Terra. Isso é preocupante não só para o Saara mas para todos os ambientes naturais do planeta.  Ainda assim, seja uma montanha, um oceano ou um deserto, em todas as coisas da natureza existe algo de maravilhoso!!!

Dunas de areia predominam em grande parte do deserto

O Saara ocupa todo o norte da África

Nem tudo é areia, mas tudo é deserto


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Viva a dúvida

Vou deixar aqui uma fala do físico Marcelo Gleiser, com a qual eu concordo plenamente:

"O fato de a gente não entender alguma coisa não significa que ela precise ser explicada de uma forma sobrenatural. A ciência vive da dúvida. E a gente não precisa entender tudo para se ter uma vida feliz e completa. Eu prefiro viver com a dúvida do que ser enganado por uma ilusão."



   

             

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Arquitetando

Mosaico de cacos de azulejo e conchas num pedaço de muro em Salvador, a caminho do mar...

Compreendemos tão pouco do que existe. Por isso certos traços e formas do que está por aí se destacam em meio a tudo. Assim como na natureza, onde detalhes minúsculos fazem toda a diferença na biodiversidade global (e onde eu adoro me perder), também nas cidades o ambiente construído desperta atenção. São detalhes que muitas vezes passam despercebidos em meio a multidão. E só quem caminha com os pés flutuando e a mente atenta consegue captar o que muitos não veem. 
A arquitetura, o desenho, as cores, a forma escolhida... nunca se sabe o que estava na cabeça de quem fez. Afinal, todo castelo nasce de um pensamento ou múltiplas reflexões, e o resultado é simplesmente uma experiência genuína! 

O detalhe desta fachada na Plaza Mayor, em Madri, é a combinação perfeita do real e do irreal!


Não sei o que se passava na cabeça de quem fez, mas o resultado ficou ótimo! Numa rua de Gramado, este telhado com tudo torto parece querer conversar com você! O óbvio aqui já não é evidente.


A fachada deste prédio de tijolos vermelhos na região central de Belo Horizonte mostra como a simplicidade é bela!


O Mosteiro dos Jerónimos às margens do rio Tejo, mesmo com sua idade avançada do século XVI é um dos mais belos da Europa..... tanto que não se pode traduzir em palavras....


A cúpula interna do CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil) no Rio é uma atração à parte quando se ilumina em tons de dourado. Sentar ali e tomar um bom café é quase uma obrigação!



Por esse chão eu andei.... flutuando

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Seja qual for a estrada!

Pela janela do ônibus consigo ver ao longe a cordilheira dos Andes a caminho do lago Titicaca, no altiplano boliviano

A viagem é uma maneira de deixar a rotina para trás. Uma mudança de ares ou estradas desconhecidas pode ser justamente o que está faltando na sua vida. Eu já perdi as contas de quantas vezes me perguntei "o que é que eu estou fazendo aqui?" Ora, simplesmente vivendo! Vendo outras árvores, outras paisagens pela janela, outras pessoas, outras histórias, outros sabores, outras ruas...... Todos sabem que viver é difícil, então vamos celebrar, inclusive as pedras que encontramos no meio do caminho, ou melhor, das estradas. São elas que nos fazem desviar e encontrar outros lugares inesperados, além de surpresas inimagináveis! 
Lá nas aulas de física descobrimos que uma pedra cai em linha reta porque é a menor distância entre dois pontos, e com isso economiza energia. Mas não temos que seguir à risca esta regra, é preciso ser um ponto fora da curva, sair de uma estrada para descobrir outras!
O bom da vida é isso, não entendemos nada de nossa existência, nem que estrada seguir, mas continuamos insistindo......

 Descendo em zigue-zague o tortuoso caminho do Vale Nevado - Chile - uma pequena raposa aparece na beira da estrada para dar as boas vindas...


Saindo de La Paz, a estrada nos leva até o instigante Vale de La Luna, primo distante da Lua!

Bela paisagem da janela do trem que vai até Cascais, seguindo o vento e os que voam de parapente!

Por aqui eu andei ..... pela estrada de Ouro Preto!

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A poeira do bem


Para que servem os satélites? Monitorar o espaço talvez... Também, mas é muito mais que isso. Por que uma instituição como a NASA gastaria milhões só para vigiar o espaço se a própria Terra é tão ou mais interessante? Os cientistas já sabiam que a areia do deserto Saara viajava pelo mundo há muito tempo. Mas o que eles não sabiam era a quantidade exata e qual a importância disso. Então, alguns satélites bem inteligentes descobriram. E assim os cientistas puderam calcular que, por ano, 182 milhões de toneladas de poeira são carregadas pelo vento e atravessam os 2,5 mil quilômetros que separam a África da América do Sul. Desse volume, 27,7 milhões de toneladas de poeira (cerca de 105 mil caminhões cheios) são despejadas na floresta Amazônica. Mas não pense que isso é algum tipo de poluição errante. Na verdade, as areias do Saara são essenciais para a manutenção da mata, pois elas são ricas em fósforo, um potente fertilizante, que é raro na Amazônia. Essa quantidade de fósforo abundante no Saara é devido a decomposição de peixes que habitaram aquela região há alguns milhões de anos. Já pensou?! Ou seja, é um processo natural de adubação. Agora a preocupação dos cientistas é que as mudanças climáticas alterem esse ciclo natural. Afinal, a poeira afeta o clima e, ao mesmo tempo, as mudanças do clima afetam a poeira. O que mais me impressiona é o caminho longo que essa poeira faz. Dos 182 milhões de toneladas que saem do Saara todo ano, uma parte cai nas águas enquanto atravessa o Atlântico. Quando chega na América do Sul, grande parte cai na bacia do rio Amazonas e as toneladas restantes seguem viagem para o mar do Caribe. Até a areia do Saara, do outro lado do oceano, ajuda na manutenção da floresta Amazônica. Isso serve de lição para que o homem não destrua tudo de bom  que a própria natureza faz ao longo dos anos, simplesmente sem pedir nada em troca - apenas respeito!