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sábado, 28 de novembro de 2015

Uma cidade multifacetada

A cidade que aparece todos os dias na TV, porque enfim está prendendo grandes corruptos no Brasil, também tem as suas próprias atrações. É claro que os taxistas nos lembravam o tempo todo sobre os principais atores da corrupção no país, cujos advogados deste "oba oba" passaram pelos seus carros, e como a prisão da Polícia Federal, onde muitos estão presos, virou ponto turístico dos mais visitados! Cheguei de Curitiba há 3 semanas e mais uma vez voltei encantada com a cidade mais verde do país! Seus parques ecológicos (mais de 20!) estão espalhados por toda a cidade e não me canso de visitá-los. É um ótimo lugar para descansar e mudar de ares, literalmente. Em pleno mês de novembro muita neblina, chuva forte e frio! Providenciar um cachecol foi a primeira coisa que fiz ao desembarcar. Por outro lado, andar pela cidade a pé, passar pelo centro histórico e percorrer ruas descobrindo mais cantinhos bucólicos, tudo isso sem aquele sol escaldante e uma brisa fresca no ar é tudo de bom! O Bondinho da Leitura empresta livros gratuitamente para as pessoas que passam pelo calçadão da rua XV. A vida cultural na cidade pula na sua frente o tempo todo, não há o reclamar. No ranking de 2015 das melhores cidades do país para se viver, ficou em 1° lugar! Sem dúvida é uma cidade multifacetada.

O Museu de Oscar Niemeyer, ou "o Olho", é imperdível. Um dos museus mais completos que já vi ultimamente, com exposições da antiga União Soviética, croquis do arquiteto Vilanova Artigas, Bienal internacional de Curitiba, as fotografias de Glück, e obras de vários artistas paranaenses, tudo maravilhosamente exposto, tanto no 'olho', quanto no grande pavilhão atrás dele.

 O Relógio das Flores no alto do "Largo da Ordem" mostra o cuidado com o verde, característica da cidade.

 A igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito mantém o estilo barroco da original, demolida em 1931. A primeira foi construída pelos escravos e serviu como matriz por muitos anos.

Detalhe de uma esquina da rua das Flores, no centro de Curitiba.

O Bosque do Papa é uma ode à imigração polonesa no sul do país. Uma área com 48 mil m² de mata atlântica com inúmeros pinheiros de araucárias, típicas da região, é como um oásis no meio da cidade, ao lado do Museu Niemeyer. É também um museu ao ar livre que reproduz as antigas moradias de imigrantes da Polônia que ali chegaram em 1871. 

O Memorial Curitiba fica na passagem do Largo da Ordem, e é um centro cultural que concentra arte, folclore, exposições e apresentações artísticas no centro histórico.

Passando pela praça Osório não tem como não reparar no imenso relógio no meio do caminho. Ele nem sempre funcionou, pois seu mecanismo foi encomendado da Alemanha e só chegou após o término da Primeira Guerra Mundial, em 1918.

 A Praça do Japão, estrategicamente construída num dos bairros residenciais, representa a imigração japonesa no estado. O Paraná é o segundo estado do Brasil com a maior população de japoneses, só perdendo para São Paulo. Toda quinta feira acontece ali a "Cerimônia do Chá", mais tradicional impossível!

Detalhe do piso do Memorial Curitiba, com um minúsculo riacho percorrendo o chão. 
Por aqui eu passei...



sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Que vergonha...

escultura de Anne Gillespie, que usa elementos da natureza em suas obras

Que tipo de ser humano estamos nos tornando? Essa ideia  absurda de que o homem é o centro do mundo fez com que 'ele' acreditasse, e ainda acredita, que pode fazer o que quiser. Nem que isso cause catástrofes e um desequilíbrio humano e ambiental que prejudiquem sua própria existência. Esta relação homem/natureza nunca foi tranquila, mas parece que ultimamente tem sido ainda pior. Fico passada quando vejo a notícia de guardas de um Parque Nacional do Zimbabue que mataram mais de 60 elefantes no último mês como protesto pelo atraso de seus salários. O que os pobres animais têm a ver com isso?  Aqui no país a usina de Belo Monte, na região do Xingu, está queimando milhares de árvores nativas da floresta (e junto vão jacarés, onças...) sem aproveitar a madeira e sem resgatar os animais. Depois ainda compram madeira ilegal. Este mundo não é mesmo sério, não é?! E por que tanto ódio nas pessoas? Matam porque gostam de matar, pura e simplesmente. Não têm o menor apreço pela vida, nem a sua própria. Este é um triste choque da realidade que estamos vivendo hoje... 

O que estamos fazendo com nós mesmos, com nossos solos, que nos dão abrigo, onde crescem plantas que nos dão sombra e ar fresco, onde brota água limpa que mata nossa sede, onde existem pessoas do bem? Sei que deve haver algum lugar neste mundo onde a humanidade vive em paz, e que o homem ainda não interferiu, não sujou, não poluiu, e que não mata por prazer, vive em harmonia com o próprio mundo...... Ou passaremos a vida com vergonha do que tudo isso virou!



domingo, 8 de novembro de 2015

Azul da cor do mar...

Azul da cor do mar ..... de Natal! A sensação toda vez que estou num lugar desses, andando descalça, pisando em rochas retorcidas e desenhadas pelas ondas do mar, a água que vai e vem lavando os pés, ou trazendo algas e minúsculos peixinhos, sinto que nasci para viver perto de muita água. Este é o meu lugar! Por questões de mudanças na vida, logística, trabalho, não vivo mais tão perto do mar, mas um dia irei voltar. Não para a Baía de Guanabara, claro, mas sim um mar de tranquilidade em todos os sentidos, que o Rio não nos dá mais. Aqui um pouquinho do azul do mar, do sol, da vida marinha e da alegria de Natal

Praia de Genipabu, onde as dunas são mágicas!

Genipabu com a maré subindo

Pinguins no Aquário marinho de Natal

Os dóceis Tubarões-lixa e uma Tartaruga - de - pente

Do alto da falésia de terra vermelha, o mar azul a caminho de Pipa

Ao longe a Baía dos golfinhos

Praia dos Amores


Praia de Pipa com seus bancos de areia na maré baixa

Dunas branquinhas assim.... é como andar num deserto com sol forte e depois chegar ao mar e se deixar levar, verdadeiro oásis!

O fundo do mar fica exposto com suas rochas desenhadas pelas ondas, uma maravilha andar ali!


caminhando na maré baixa encontrei este pequeno caranguejo de patas azuis

Uma jangada solitária se confunde com o azul do céu e do mar....

Até as areias da praia de Camurupim imitam o desenho das ondas, amigas inseparáveis!

Por aqui eu andei.